Congregação Cristã, arminianismo e calvinismo

[texto escrito em 24 de dezembro de 2005 e publicado numa e-lista de nobres estudiosos da CCB. Talvez hoje eu mudasse algumas coisas. No geral, no entanto, ainda possuo muitas concordâncias, suficientes para despertar-me o interesse pela sua publicação nesse blog.]

Já me disseram que a Congregação Cristã no Brasil (CCB) era ‘calvinista ao extremo’ (sic) no que tange à predestinação. Parecia até contraproducente, já imaginando que Francescon era um presbiteriano. Confrontando com os laços históricos do pentecostalismo (metodistas wesleyanos, batistas avivados e demais pentecostalistas), notei uma influência muito maior do arminianismo do que calvinismo propriamente dito. No mais, esses sistemas teológicos puros tem um perfil às vezes amálgama quanto conferidos com a realidade. É o caso da Congregação. O arminianismo é predominante, mas ás vezes surge uma ponta consistente de calvinismo aqui e acolá. Creio que, por não haver uma posição oficial do ministério, essa situação tende a se repetir nos mais diversos lugares. Ao tentar investigar a teologia soteriológica da Congregação, já me ficava claro dois obstáculos que poderiam interferir retumbantemente nas conclusões e no desenvolvimento do trabalho. Primeiro, porque sou um semileigo nessas questões teológicas. O que vem abaixo é fruto de uma breve discussão com um pastor presbiteriano, prezado amigo há tempos, e de uma gravação do Pr. Nicodemus, no II Encontro da Fé Reformada em Goiânia, em 2004, cedida gentilmente pelo mesmo amigo. Segundo, porque estou me referindo a uma CCB que é aquela que convivo diretamente – e por relações históricas. Não sei, em absoluto, se o que retrato abaixo corresponde fielmente a situação das Congregações Cristãs situadas em todo o território brasileiro. Terceiro, porque dentro das posições soteriológicas, adotei ortodoxamente apenas dois pólos – que, não obstante serem os mais populares hoje, não abdica a possibilidade de existirem fundamentos em outros pólos doutrinários.

Posto isso, vamos ao que interessa.

I. Introdução

Dentre os primitivos da CC, vários vieram de tradição calvinista – como o próprio Francescon, egresso da IP. Acontece que a ênfase do pentecostalismo, como um todo, seguiu soteriologicamente o sistema arminiano. Cumpre saber quais influências sobejam atualmente, quase um século após o grande avivamento do início do século XX.

As discussões sobre salvação têm residido, atualmente, em dois pólos distintos, já supramencionados. Como resposta às pregações humanistas de Arminius condensadas em cinco teses fundamentais, no século XVI, a igreja reformada contestou, através do Concílio de Dort, o documento arminiano, ponto por ponto. A resposta calvinista hoje é conhecida popularmente por TULIP, acróstico correspondente ao documento final.

II. Arminianismo, Calvinismo e CCB
O primeiro ponto levantado por Arminius é em relação ao livre arbítrio. Influenciado de certa forma pelo humanismo latente da cultura européia de então, a doutrina arminiana faz uma releitura das idéias pelagianas – o que lhe deu o rótulo de semipelagiano.

Para os arminianos, após a queda de Adão o homem ficou em completo abandono espiritual. Naturalmente, Deus deu ao homem a capacidade de regeneração, para que cada ser humano tenha a possibilidade de salvação, através da fé e do arrependimento.

Dessa forma, tem o homem a liberdade entre escolher o bem e o mal. Como possui a natureza corrompida, tende sempre ao mal – naturalmente. Apesar disso, sua natureza não é de todo escravizada pelo pecado – dando-lhe, assim, a possibilidade de libertar-se por opção.

A obra de regeneração, dessa forma, é tida como a cooperação resultante da ação do Espírito Santo e o desejo do homem. O homem pode, inclusive, resistir a ação do Espírito Santo – o que é inadmissível para os calvinistas.

Sustenta ainda os arminianos que o ato de crer é eminentemente humano – Deus capacitou sua natureza para tanto. Então, o ato de crer, ao preceder o novo nascimento, indica que o homem deu o seu primeiro passo à conversão em um novo ser. É, em suma, a contribuição do homem para se chegar a salvação.

Refutando esse primeiro ponto, os calvinistas arrazoam que a natureza pecaminosa do homem impede qualquer aproximação de Deus. Os caídos estão mortos, cegos espiritualmente. Não tem absolutamente nada que lhes fazem aproximarem do Criador, a não ser o irresistível chamado do Espírito Santo.

Por estarem cegos pela natureza do pecado, qualquer escolha que venham fazer é viciada, sendo, portanto, impossível por qualidades próprias elegerem coisas boas. A fé que o pecador tem já é uma dádiva especial de Deus, concedida seletivamente para aqueles predestinados desde a fundação dos séculos.

Apesar de, a priori, entender que a CC, devido sua tradição pentecostal, ser fortemente arminiana, esse ponto é o que a igreja mais próximo chega da teoria calvinista. A pouca ênfase no trabalho evangelístico (em relação às outras denominações) talvez é a maior herança de levar a predestinação a graus extremos. A Graça de Deus é revelada a poucos – a quem ele quer, da forma que ele quer.

Por outro lado, principalmente como participante de um sem-número de batismos, percebo que essa ênfase predestinal é muito bem conjugada com um arminianismo sólido. Ao explanar sobre a necessidade de salvação, é colocado aos não-domésticos na fé que depende dele sua própria regeneração. Cristo fez sua parte por todos nós – e ao homem cumpre fazer a sua.

Um exemplo na hinódia ccbiana:

“Abandona o que é do mundo/E vem a Jesus se entregar/Não tardes nem mais um segundo/Jesus quer te abençoar/Oh! Vem a Jesus/Que por nós morreu sobre a cruz/Seu sangue precioso Ele derramou/E com Deus nos reconciliou.” (Hn. 103)

***

O segundo ponto do Arminianismo é a tese da eleição condicional. Isso quer dizer que Deus fez, através de sua preciência, a eleição de prováveis seres humanos para a salvação. Desse chamado, aqueles que atenderem serão salvos. Assim, muitos estão capacitados a serem salvos, mas nem todos o serão. A salvação, destarte, é muito mais fruto de uma decisão do pecador por Cristo do que o inverso.

A refutação calvinista argumenta que a vontade de Deus é soberana na escolha dos salvos, independentemente de qualquer ação da pessoa. Para cada indivíduo selecionado, Deus o instrumentaliza com fé e forças necessárias. Não são as qualidades do ser humano que o faz apreciável a salvação diante dos olhos Divinos. Nesses termos, a salvação é muito mais fruto de uma decisão de Deus pelo pecador do que o inverso.

É muito popular na CC o versículo de que muitos são chamados, mas pouco são escolhidos. Subentende-se aqui que mais do que a vontade de Deus, é necessário também o homem fazer sua parte.

Exemplo na hinódia ccbiana:

“Teus tesouros revelaste/Aos humildes que chamaste/E por graça os adotaste/Filhos teus, por Jesus Cristo, o Salvador” (310)

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O terceiro ponto versa sobre a dimensão da redenção e da expiação dos pecados. Para os arminianos, a morte de Cristo possibilitou a salvação de todos. Cristo morreu pela humanidade, e não por alguns. Dentre a humanidade, aquele que crer, será salvo. Assim, a morte de Cristo deu a possibilidade de salvação para o pecador. Essa possibilidade vira realidade quando o pecador aceita o chamado de Cristo.

Os calvinistas acreditam que a morte de Cristo teve como objetivo salvar apenas os predestinados por Deus. Asseguram ainda que a morte de Cristo foi necessária para quitar os pecados de alguns. A salvação, dessa forma, é algo dado como seguro, finalizado.

Na Congregação, não se tem certeza imediatista de salvação. A salvação é oportunizada por Cristo, alcançada pela fé, mas concluída pela firmeza e constância na fé. Pouco adianta o fiel manter-se cristão praticante se, ao findar sua carreira aqui na Terra, encontrar-se em situação de pecado.

Exemplo na hinódia ccbiana:

“Finalmente diremos, unidos/ ‘Combatemos, guardamos a fé’ / Ao redor do Senhor, reunidos / O veremos, tal como Ele é / Sempre fiéis, de valor em valor / Seguiremos o nosso Pastor / Em Sião entraremos com glória / E veremos o nosso Senhor” (Hn. 142)

***

A resistência ao Espírito Santo é o quarto ponto desenvolvido por Arminius. Para ele, todos aqueles que ouvem o chamamento externo do Espírito Santo, é tocado também por dentro. O livre arbítrio do homem pode redundar em negativa ao chamado espiritual. O ato de crer do homem é que possibilita a ação do Espírito Santo – e esse ato é de foro intimo e pessoal de todo homem. Caso o pecador responda positivamente, o Espírito Santo poderá regenera-lo.

Para a soteriologia calvinista, o chamado externo feito a todos os homens é conjugado com uma ação interna do Espírito Santo no coração dos predestinados. Esse chamado é irresistível, sem possibilidade de recusa à conversão. Não depende, em absoluto, da vontade do homem, nem de sua cooperação.

Aqui está um outro exemplo de conjugação dos dois sistemas na Congregação. Muito mais pendido para o lado arminiano, mas não há consensos sobre o chamado espiritual a todos aqueles que são tocados externamente. Muitos, apesar de convocados às fileiras santas, não se sentem atraídos para tanto.

Exemplo na hinódia ccbiana:

“Quem está disposto a seguir Jesus / Deve renunciar-se e tomar a sua cruz / Abandone o mundo, venha abraçar / A Divina Graça para se salvar / Só Jesus concede paz e salvação / E na Glória eterna, grande galardão / Quem também deseja ir no céu reinar / Deve sem demora, Cristo aceitar”. (Hn. 240)

***

Por fim, o quinto ponto levantado é sobre o cair da Graça. Para os arminianos, somente aqueles que sustentarem sua fé pela jornada aqui na Terra poderão garantir a salvação. Uma vez regenerado, o crente não pode mais se perder.

Os calvinistas já sustentam que aqueles escolhidos por Deus estão asseguradamente salvos, não dependendo de seus méritos ou deméritos. Por serem escolhidos por Deus, perseveram até o fim.

Devo confessar que já ouvi pregações que sustentasse o ponto de vista calvinista. Ontem mesmo, por exemplo, o ancião que presidia o culto se referia a inadequação do apelo. Dizia que, ao perguntar se alguém aceitava Jesus, dá-se erroneamente ao homem a opção para sua salvação. Parece-me, todavia, que, no geral, predomina nas congregações brasileiras o ponto de vista arminiano – mesmo porque nos batismos são também feitos apelos muito semelhantes ao ‘aceitar Jesus’ feito nas outras denominações – mormente as co-irmãs pentecostais tradicionais. Ademais, é quase ponto pacífico entre muitos do ministério brasileiro que o demérito de um homem pós-arrependimento ocasiona a perda da Graça de Deus.

III. Conclusões

Apesar da opção pelos rótulos correr o risco de transformar a complexidade dos fatos em algo simples e falho, essas breves comparações nos permite atribuir à Congregação Cristã uma soteriologia muito próxima a arminiana, resumindo-se a:
a) salvação adquirida por esforços de Deus (iniciativa) e do homem (resposta ao chamado);
b) a salvação está disponível a humanidade, precisando para isso crer;
c) as escolhas do homem são fundamentais para sua salvação;
d) a salvação é disponibilizada por Deus e adquirida pelo homem mediante a fé – resultante da ação resistível do Espírito Santo.

19 comentários sobre “Congregação Cristã, arminianismo e calvinismo

  1. Creio que deve ser um misto destas duas condições, pois encontramos na bíblia inúmeros exemplos: Mal.1;2,3…; Prv. 16;4…; Rom. 8;28ao30…; 9;11ao24…; Efe. 1;5,11,12,13…; 2tim. 2;19…; entre outros…; quero com isso dizer que deve ter aqueles que são predestinados, e os que serão julgados segundo as suas obras.
    Perdoe-me se não compreendi bem estes textos, todavia fica aqui estes; fazem suas próprias análises.

    grato.

    1. Olá Hélio. Parabéns pelo blog. Sou membro e estudioso da CCB. Principalmente na escatologia de nossa denominação. Gostaria de participar de algum grupo de Whatsapp com estudiosos da CCB.

  2. Muito proveitosa a análise, eu sou calvinista e tenho alguns amigos da CCB… Não fui sempre calvinista antes disso eu era adventista e sempre ouvi falar que os irmãos da CCB eram calvinistas, mas depois de algumas conversas percebi que eram híbridos e há quem diga que não são nem cristãos… Eu acredito que as coisas são deixadas muito soltas, meio que no espaço na CCB, a decisão de praticar a fé ou não parte muito da pessoa, eu considero os que conheço cristãos e irmãos, mas não posso dizer por todos.

  3. Samuel, precisamente: a posição calvinista é que todos os homens pecaram, e são julgados por suas obras, a menos que sejam eleitos por Deus, caso em que têm seus nomes escritos no livro da vida e estão isentos pelo Sangue do Cordeiro perante o grande trono branco.

  4. Hélio, a piada entre os calvinistas é mais genérica ainda: todo arminiano é calvinista quando ora pela salvação duma pessoa amada.

    1. perfeita essa colocação! Somos totalmente calvinistas qdo se trata dos nossos filhos. Somos totalmente arminianos qdo se trata de um desconhecido. Resumo: se amarmos o próximo como a nós mesmos, sempre pediremos a todos a salvação, independente da vontade alheia, e isso vai alem de calvinismo ou arminianismo: Isso é fé.

  5. Eu sou meio híbrido tb,mas gosto mais da posição arminiana,mas tb creio em alguns pontos calvinistas.
    Vamos anunciar o evangelho,para se salvar todos o que crê,batiza e aceita e segue o nome de Jesus,
    DEUS SEJA LOUVADO PARA SEMPRE (AMÉM)

      1. Wagner e Mateus, o calvinismo, como entendido hoje, é um sistema completo, compreendendo ao menos os cinco pontos contra os remonstrantes, também conhecidos como Tulip ou doutrinas da graça livre ou soberana. Adotar menos do que os cinco pontos descaracteriza o calvinismo. O mais próximo disso é a posição gnesioluterana, que relativiza a perseverança dos santos, ficando com algo como quatro pontos e meio.

    1. Há pouco mais de 1 ano conheci a teologia reformada e me apaixonei pelos estudos bíblicos. Após quebrar muito a cabeça com os 5 pontos do Calvinismo, finalmente consegui entendê-los. Tudo graças ao 1º ponto.

      Ao entender que o homem está em depravação total, morto em teus pecados, sem chance de escolher a Deus por conta própria, pude entender os outros 4 pontos porque um vai ligando ao outro. E quando vi, já me considerava um Calvinista no meio da CCB.

      Até mudei a minha forma de testemunhar:

      “Deus seja louvado. Agradeço à Deus pela obra de salvação que o Senhor tem feito em minha vida, porque eu estava morto em meus pecados, mas a graça irresistível de Deus me despertou e perseverando até o fim, herdarei a vida eterna nos céus”.

      hahahahahaha

      A minha dúvida é: alguém conhece algum irmão do ministério declaradamente Calvinista? Eu até hoje nunca encontrei.

  6. Paz de Deus a todos!
    Sou membro CCB, sò q como tenho uma biblia em casa e leio sempre o calvinisno è o q mais se adàpta as escrituras. Quase tds meus irmão são armenianos e nem sabem q existe isso, e eu me sinto ùtil de explanar a Palavra de Deus à eles e eles ficam Felizes do Plano de Deus, certo è q tem aqueles q ñ aceitam q Cristo sò morreu pelos escolhidos, todavia eu Sempre digo: ñ se preocupe a sua Salvação ñ depende de vc saber disso, depende de vc Crê no Filho de Deus como seu Ùnico salvador. Qnt a essas doutrinas creio q com o passar dos anos e leitura biblica Deus abri os vossos corações. Deus abençoe a todos.

  7. Essa pesquisa tbm ñ è justa pois devia buscar os dois lados da moeda. Podia ter colocado os hinos q comprovam q nòs cremos na Eleição: Deus nos Elegeu, 368: Não duvidemos, Deus nos ELEGEU.
    Hino;353: Eleitos nòs somos por Deus, o verdadeiro…
    Hino 2: De Deus tu ès ELEITA, igreja de Jesus…
    Então partindo do principio de pesquisa amigo vc deveria estudar tudo e ñ apenas a metade pra satisfazer seu ego. Certo è q a igreja ñ se pronuncia sobre o assunto mas tbm ñ se pode generalizar.

  8. Abraão, mais uma prova do arminianismo e até weslianismo da CCB. A eleição é corporativa, isto é, a igreja eleita. Digo igreja no sentido de corpo de Cristo e não denominacional.
    Sou membro CCB e músico. Estudante de teologia nas horas vagas.

  9. Apesar do fundador da CCB/Assembleia Cristã, Louis Francescon ser presbiteriano, ele não era arminiano e nem calvinista num primeiro momento. Ele era valdense, um movimento reformista anterior a Lutero/Calvino/Zwinglio, etc…
    A CCB não aceita mesmo algumas rotulações, mas isso não impede de ter características preponderantemente arminianas. Quanto a problemas teológicos, quais denominações não as tem? Dia desses ouvi um pastor preocupado com a “presbiterianização” das Assembleias de Deus, nada contra as Presbiterianas, mas justamente por causa de em alguns pontos de identificação duvidosa e até por motivos da influencia de literatura (protestantes não as possuem em grande volume) calvinista que é adotada nas escolas/seminários/faculdades de teologia.
    Obviamente, a CCB vem tendo alguma mudança de mentalidade.
    Atualmente os mais novos entendem que a salvação não seja de exclusividade de membros CCB e chamam os membros de outras denominações de “irmãos” o que antes não ocorria, pelo contrário, chamavam de “primos” ou “seitários” e essa ideia hoje vem sendo combatida por Anciães mais esclarecidos, senão, por todos. (Basta ler a letra do hino “Eis que multidão tão grande, de todas as nações e tribos…”).
    Eu particularmente sou a favor de deixar o rebatismo a critério da consciência de cada pessoa, mas a CCB ainda exige. Louis Francescon, até que eu saiba, nunca deixou expresso essa exigência.
    Uso do véu pelas irmãs não fere a doutrina cristã para aqueles que não concordam. No catolicismo, algumas mulheres mais conservadoras ainda usam.
    Quanto ao ósculo entre os irmãos e as irmãs de per sí, não é proibido, isto é, a CCB não proíbe irmãos saudarem irmãs com ósculo desde que se sintam confortáveis. Eu mesmo saúdo irmãs e vice-versa quando tenho intimidade fraterna.
    Quanto a dizer que a CCB é uma seita ou que nem cristã ela é, como lido nos comentários acima, é muito estranho e fruto de desconhecimento. Basta lerem os pontos doutrinários da CCB.

    1. Ser valdense não implica em ser calvinista ou arminiano, nem em deixar de ser. Pedro Valdo era bem anterior à Reforma, mas numa época em que a teologia católico-romana ainda era preponderantemente agostiniana, ou seja, mais próxima do que viria a ser calvinismo; e os valdenses aderiram à Reforma, tornando-se calvinistas, antes de decaírem, tornarem-se arminianos e juntarem-se aos metodistas, acabando por tornarem-se enfim liberais.

      Ser cristão não implica em ser ou deixar de ser sectário. Saúdo as mudanças, e espero que continuem até restaurar uma boa doutrina, principalmente com o abandono do legalismo em favor duma boa compreensão da graça, mas até onde posso ver os ‘glórias’ ainda são sectários e legalistas em geral, com as honrosas exceções de praxe.

      1. ser Cristão é amar a Deus sobre todas as coisas e ao proximo como a ti mesmo. E isso independe de estudo bíblico, de livre arbitrio, predestinacao, da doutrina de batismos, etc…. Isso independe de qual denominação eu seja e reconheço meus irmãos unicamente pelos mandamentos acima e não por viés “teológicos”… e serei reconhecido por Cristo como eleito pelos mesmos mandamentos deixados por Ele.

        Obs: Sirvo a Deus na CCB.

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